A saúde sexual é um estado de completo bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade. Quando não conseguimos atingir esse estado, podemos estar perante uma disfunção sexual.

Atualmente, a saúde sexual está comprometida perante o número elevado da população mundial que sofre de disfunções sexuais. Contudo, talvez pelo facto de este ser ainda um tema tabu na sociedade, denota-se que, embora insatisfeitas com a sua sexualidade, a maioria das pessoas não procura ajuda. Apesar deste facto, é importante referir que a saúde sexual tem impacto em diversos aspetos da vida, sendo essencial para conseguirmos ter uma vida saudável e com qualidade.

Face a tudo isto, urge dar a conhecer à população algumas das disfunções sexuais mais comuns, de modo a que cada pessoa possa perceber um pouco melhor aquilo porque está a passar e, então, procurar ajuda especializada.

            O termo “disfunção sexual” abrange todas as dificuldades, experimentadas por uma pessoa ou casal, que impedem a vivência de uma vida sexual satisfatória. Quanto às suas causas, estas podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas, podendo passar por: problemas de saúde físicos e/ou psicológicos; uso de determinados medicamentos; tabagismo; problemas afetivos ou de natureza relacional; falta de experiência sexual e/ou de conhecimento do próprio corpo e/ou do corpo do outro; traumas sexuais, assim como fatores socioeconómicos e profissionais. É de salientar ainda que, embora uma disfunção sexual possa ter origem orgânica, pode ser agravada pela sua repercussão a nível psicológico/emocional.

As disfunções sexuais mais frequentes são:

• Disfunção do desejo sexual: Desejo sexual Hipoativo: diminuição ou ausência total de desejo sexual, podendo mesmo ocorrer o evitamento do contacto físico íntimo. 
• Vaginismo: condição clínica em que a penetração vaginal, seja pelo ato sexual, pelo espéculo ginecológico ou por outro objeto, é impedida pela contração involuntária da musculatura do pavimento pélvico. Muitas vezes com dor associada. É, contudo, de referir, que a maioria das mulheres com vaginismo têm prazer com atividades sexuais não penetrativas.
• Dispareunia: dor associada ao ato sexual, podendo ocorrer antes do momento da penetração, durante ou após o mesmo.
• Anorgasmia: dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo, após uma fase de excitação sexual adequada em termos de foco, intensidade e duração.
• Disfunção erétil: incapacidade de alcançar ou manter uma ereção adequada até completar a atividade sexual.
• Ejaculação prematura, precoce ou tardia: dificuldade em controlar a ejaculação, que em alguns casos pode ocorrer antes, no momento da penetração ou logo após a mesma, limitando a satisfação sexual. 

Por fim, é importante reforçar que quem se identificar com alguma destas disfunções, deve procurar ajuda e tratamento especializado.