As disfunções sexuais formam um grupo perturbações mentais que, de forma geral, caracterizam-se por uma perturbação clinicamente significativa na capacidade de uma pessoa responder sexualmente ou de vivenciar prazer sexual. A função sexual envolve uma interação complexa entre fatores biológicos, socioculturais e psicológicos. Em muitos contextos, não se conhece com exatidão a etiologia de um determinado problema sexual.
No entanto, sabemos que frequentemente, a constituição (doenças e deficiências), experiências de vida, vínculos patológicos, pais negligentes ou críticos, educação rígida e abuso físico e sexual estão associados aos problemas psíquicos e às disfunções sexuais na idade adulta.
Existem várias disfunções sexuais, mas uma das principais causas que age como predisponente (aumenta a vulnerabilidade do indivíduo à disfunção sexual) e pode manter a disfunção, uma vez que inibe a excitabilidade e conduz à evitação sexual, é a ANSIEDADE.
As principais disfunções sexuais são:
Disfunções sexuais femininas
- Perturbação do interesse/ excitação sexual feminino (ausência ou frequência/intensidade reduzida em interesse, tomada de iniciativa, pensamentos e fantasias, excitação/prazer, sensações genitais...; a taxa de prevalência é desconhecida);
- Perturbação do orgasmo feminino (dificuldade em atingir o orgasmo e/ou intensidade muito reduzida das sensações orgásmicas, a taxa de prevalência varia de 10 a 42%, dependendo de vários fatores - como idade, cultura; cerca de 10% das mulheres não têm orgasmo durante as suas vidas);
- Perturbação da dor genitopélvica/penetração; (dificuldade em ter relações sexuais; dor gênito-pélvica; medo de dor ou de penetração vaginal e tensão dos músculos; aproximadamente 15% das mulheres norte-americanas relatam a presença de dor);
- Perturbação sexual induzida por substância/medicamento.
Disfunções sexuais masculinas
- Perturbação do desejo sexual masculino hipoativo (falta de desejo sexual e deficiência/ausência de pensamentos ou de fantasias eróticas de forma persistente; apenas 1,8% de homens com idades entre 16 e 44 anos apresentam falta de interesse pelo sexo).
- Perturbação erétil (falha repetida em obter ou manter ereções durante as atividades sexuais, a taxa de prevalência varia de acordo com a faixa etária; cerca de 20% dos homens receiam ter problemas eréteis na primeira experiência sexual);
- Ejaculação retardada (retardo acentuado ou incapacidade de atingir a ejaculação; é a queixa menos comum entre homens);
- Ejaculação precoce (quando a ejaculação ocorre antes ou logo após a penetração vaginal; mais de 20 a 30% dos homens com idades entre 18 e 70 anos demonstram preocupação com a rapidez da ejaculação, no entanto, somente 1 a 3% dos homens apresentam este diagnóstico).
Se identifica algumas destas dificuldades em si, procure ajuda. Todas têm tratamento.
Psicóloga Raquel Teixeira